Centenas de palestinos tomaram as ruas em pelo menos três pontos da Faixa de Gaza para expressar sua indignação. São pessoas marcadas pelo cansaço, pela privação, mas sobretudo pelo desejo de paz.
Os palestinos utilizaram placas improvisadas que traziam as mensagens: "chega de guerra" e "as crianças da Palestina querem viver."
Um dos atos ocorreu em frente ao Hospital Indonésio, onde manifestantes ergueram bandeiras brancas. O cenário se repetiu no campo de refugiados da Jabalia. A guerra em Gaza já tirou a vida de mais de 50 mil palestinos.
Manifestações contra o Hamas são raras na Faixa de Gaza. O grupo controla o território desde 2007 com mãos de ferro e sempre que a população tenta levantar a voz contra o regime, há repressão. Dessa vez não foi diferente, e homens armados tentaram dispersar a multidão.
Os civis são os que mais sofrem nessa guerra e pagam um preço altíssimo, nas últimas 24 horas, outros 38 palestinos perderam a vida após bombardeios israelenses.
O Hamas disse que Benjamin Netanyahu mente ao povo israelense quando afirma que operações militares são capazes de trazer de volta os reféns vivos. O grupo culpa Israel pelo fracasso do cessar-fogo.
O Hamas ameaçou devolver os reféns em caixões se a guerra não parar.
Por outro lado, Netanyahu ameaçou anexar parte de Gaza se os reféns não forem soltos. O premiê também destacou os protestos dos palestinos e disse que é a prova de que a pressão israelense está funcionando.
