Países usaram programa para espionar jornalistas e dissidentes políticos

Em pelo menos 10 países, Pegasus foi usado para coletar informações de jornalistas, advogados, ativistas e dissidentes políticos

Eduardo Barão, do Jornal da Band

A Organização das Nações Unidas pediu o fim imediato do uso de um programa espião contra jornalistas e ativistas.

O programa Pegasus foi desenvolvido por uma empresa israelense de cibersegurança para ajudar governos a investigar crimes e terrorismo. Mas em pelo menos 10 países, o spyware foi usado para coletar informações de jornalistas, advogados, ativistas de direitos humanos e dissidentes políticos.

Depois de se infiltrar no telefone, o Pegasus é capaz de vigiar as comunicações do dono 24 horas por dia sem que ele perceba. O programa pode até mesmo ativar a câmera e o microfone do celular.

Diante da denúncia, políticos israelenses defenderam a proibição imediata das exportações do Pegasus. Mais de 50 mil de pessoas foram espionadas de forma ilegal, de acordo com a investigação conduzida por 17 veículos de imprensa.

Na lista, estão nomes de jornalistas como a editora chefe do jornal Financial Times, da Inglaterra, e o principal líder de oposição ao governo indiano.

Outro alvo da espionagem teria sido o do repórter mexicano, Cecílio Pinero Birto, assassinado por um grupo armado um mês após ter o celular invadido em 2017.

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