Países da Otan discutem novas sanções à Rússia e boicote ao petróleo do país

Rússia é um dos principais exportadores de petróleo do mundo, respondendo por 1 em cada 10 barris produzidos

Por Eduardo Barão

Enquanto a ofensiva militar russa segue avançando na Ucrânia, países aliados da Otan discutem novas sanções ao governo do presidente Vladimir Putin.

Bancos russos anunciaram que vão emitir novos cartões depois que as gigantes americanas Visa e Mastercard suspenderam as operações no país. A opção foi usar o sistema chinês de pagamentos UnionPay.

Depois de ações financeiras impostas contra bancos, empresas, oligarcas e o próprio governo de Moscou, o alvo agora seria um boicote ao petróleo russo.

A sanção foi tema de uma conversa por telefone entre os líderes dos Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido. 

A Rússia é um dos principais exportadores de petróleo do mundo, respondendo por 1 em cada 10 barris produzidos.

Cerca de 60% das exportações de petróleo vão para a Europa, que também sofreria um desabastecimento de gás natural. O boicote poderia minar a principal fonte de recursos da economia russa, mas também traria impactos imediatos para outros países.

Os preços do barril do petróleo e do gás dispararam no mercado internacional diante do temor de um corte nos suprimentos.

O barril que chegou perto de US$ 140 no final de semana diminuiu para US$ 120, mas ainda com o maior valor em oito anos.

Outros produtos agrícolas e minerais também têm registrado altas, como trigo e o alumínio.

Enquanto os países da União Europeia ainda estão relutantes, os Estados Unidos estão dispostos a determinar o boicote sozinhos.

Para diminuir os efeitos de uma alta nos preços nos postos de gasolina, o governo americano recorreu a uma estratégia inusitada.

Nesse fim de semana, representantes da Casa Branca foram até Caracas negociar um acesso maior ao petróleo da Venezuela, em troca da retirada de sanções impostas ao país.

O movimento teria como objetivo reduzir a dependência global do petróleo russo e isolar Moscou de um de seus principais aliados na América do Sul.

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