Nas mãos, o passaporte para um mundo em que o comprovante da vacina contra a Covid-19 pode abriu ou fechar portas. E não estamos falando do futuro.
Em Israel, onde a vacinação atingiu mais de 50% da população, o governo emitiu um passaporte verde que permite acesso a eventos esportivos e locais fechados. O mesmo já acontece na Dinamarca.
Nos Estados Unidos, um passe digital deve garantir aos nova-iorquinos entrada em arenas, estádios e em outros locais.
O Brasil não tem, hoje, nenhuma exigência como esta. Mas à medida em que a vacinação avança no mundo, mais países incluem a apresentação do comprovante entre as políticas de controle da doença. E isso inclui as viagens.
Hoje, cada nação define suas próprias regras – se é uma exigência ou uma medida complementar. No entanto, as atenções se voltam para a necessidade de guardar esse comprovante, que se torna um documento como qualquer outro.
“Vacinou-se a primeira dose, guarda. Vacinou-se a segunda dose, guarda. Se for o caso, plastifique”, recomendou a infectologista Sylvia Lemos Hinrichsen.
O Ministério da Saúde disponibiliza os dados da vacinação digitalizados no aplicativo ConectSUS. Cada dose aplicada é registrada no sistema, que emite a certificação digital da vacina. Hoje, 116 países impõem alguma restrição à entrada de brasileiros em função da pandemia.
“Na hora em que entendermos que a gente consegue prever com bastante precisão quando o Brasil terá um número superior a 65%, 70% de sua população vacinada, será a hora de debater isso aqui também, e posteriormente termos outro desafio para a aviação, que é de reabrir o mundo para os brasileiros e vice-versa”, explicou Eduardo Sanovicz, presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).