Pacotes flexíveis: vale se arriscar por uma viagem que pode não acontecer?

Crise da 123 Milhas atingiu em cheio o tipo de venda e surpreendeu clientes ao anunciar suspensão

Por João Marcelo

A suspensão da venda de pacotes flexíveis pela 123 Milhas gerou mais uma crise no setor turístico. Nos pacotes flexíveis, a agência define a data do embarque, a companhia aérea e o hotel em que o cliente vai se hospedar. Por isso, os preços são mais baratos. Em maio, a comercialização de pacotes do tipo pela Hurb também foi vetada, após a empresa não honrar com viagens vendidas. 

“Você consegue em datas específicas, temporadas específicas, é lógico que você consegue viajar barato ou menos caro em alguns casos. Mas pacotes pra réveillon estavam anunciando passagens para os Estados Unidos por mil e quinhentos reais em dez vezes sem juros”, explica Geraldo Rocha, presidente da ABAV de Paraná. 

Este tipo de pacote não é ilegal, mas especialistas avaliam como um risco. Um hotel em Curitiba evita reservas de pacotes flexíveis. “Essas empresas efetuam o pagamento após a hospedagem do cliente, é uma situação bem difícil que a hotelaria tem que lidar”, explica o gerente Diego Vezaro. 

A dica para quem quer viajar gastando pouco é pesquisar passagens e comprar com antecedência em agências cadastradas pelo governo. Dividir hospedagens e escolher datas fora de temporada também são opções para conseguir preços mais baixos.

"É só não ir atrás dessas ofertas mirabolantes. Senão você cai mesmo. Tem que ficar atento e novamente eu sempre defendo: vão em uma agência de viagem, principalmente as filiadas à ABAV que são conceituadas, são sérias e respondem, se responsabilizam por seus atos", explica Geraldo Rocha.

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