O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco afirmou que o momento não é adequado para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as possíveis irregularidades no Ministério da Educação.
“O fato de estar em um momento muito próximo das eleições, acaba prejudicando sim o trabalho dessa ou de qualquer outra comissão a ser instalada”, afirmou.
O requerimento para criação e abertura da CPI já tem as 27 assinaturas necessárias, mas segundo o idealizador da, o senador Randolfe Rodrigues, só deve ser apresentado após ter sido garantido o apoio de 30 parlamentares.
A criação da CPI começou a ser negociada em março, quando os escândalos vieram à tona, e na época, Milton Ribeiro foi acusado de liderar um esquema de tráfico de influência na pasta.
Na mesma época, um áudio de uma reunião do MEC revelou que o Governo Federal priorizava a liberação de recursos a prefeituras indicadas pelos dois pastores que não tinham cargo no MEC.
Prisão de ex-ministro
No pedido feito ao TRF-1, a defesa de Ribeiro argumentou que o cliente sempre colaborou com as investigações e que os advogados não tiveram acesso ao teor da decisão que decretou a prisão.
“Salientam que o preso sempre colaborou com as investigações, inclusive deixando e abrindo mão de seu sigilo, o que novamente o faz. E para afastar qualquer irregularidade ou ilicitude arguida, são apresentadas a sua declaração, bem como de sua esposa”, destacou a defesa ao desembargador que assinou o documento.
No entanto, a Justiça decretou a soltura do ex-ministro da Educação Milton na tarde desta quinta-feira (23). A decisão foi assinada pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A decisão é liminar e vale até o julgamento do caso pela Terceira Turma do TRF-1.