O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, acertou com líderes da Casa os detalhes da pauta da primeira reunião entre os comandos do Legislativo e Judiciário para tentar diminuir a tensão entre os poderes.
Ele transmitiu ao presidente do Supremo, Luiz Fux, um pedido do Congresso para que o STF deixe para os parlamentares o poder de cassar ou não mandatos.
O Tribunal se comprometeu a fazer um novo exame do assunto, mas ao mesmo tempo, os ministros não pretendem ceder em um ponto específico. Eles afirmam que quando o Tribunal condena um político, determina também a inelegibilidade, ou seja, a proibição de candidaturas por até oito anos.
Um dos pontos polêmicos da reunião foi o perdão de Jair Bolsonaro para o deputado Daniel Silveira. O parlamentar já circular na Câmara sem utilizar tornozeleira eletrônica.
Pacheco saiu do Supremo com a impressão de que os ministros vão considerar constitucional o decreto de Bolsonaro. O senador se ofereceu para convencer o presidente a não conceder novos indultos a aliados, como gesto de “boa vontade” com o Judiciário.
O presidente do Congresso ressaltou ainda que o instituto da graça, o perdão presidencial, precisa ser regulamentado.
Ministros também transmitiram ao senador a preocupação com possíveis futuros ataques de Bolsonaro ao STF.
Enquanto aconteciam as conversas entre Legislativo e Judiciário, Bolsonaro esteve no quartel geral do Exército em um compromisso extra agenda. Ele também se reuniu com os comandantes militares e almoçou com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
O presidente quis mais informações da comissão das forças armadas que acompanha o processo de implantação das urnas eletrônicas a convite da Justiça Eleitoral.