No dia seguinte à eleição que terminou com o segundo turno confirmado entre o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal, o terceiro lugar, agora terá que responder na Justiça sobre o laudo médico falso que publicou contra o deputado federal. O coach pode ficar inelegível por até oito anos caso seja condenado.
Mesmo com o risco, Pablo Marçal anunciou que tinha novos objetivos. Em declaração à imprensa após a definição do segundo turno, ele citou que irá apoiar Nunes caso algumas propostas sejam incorporadas por ele. Além disso, anunciou planos para 2026.
"Vocês não vão me ver disputando prefeitura de São Paulo mais nenhuma vez na vida, não vão me ver disputando Legislativo. Tem dois caminhos: governo do estado ou presidência", disse Marçal.
Mas caso se torne inelegível, Marçal só poderá concorrer a um cargo político em 2032. O perfil de Pablo Marçal foi bloqueado às vésperas das eleições, após o candidato divulgar um laudo associando Guilherme Boulos ao uso de drogas. Peritos da Polícia Civil e da Polícia Federal confirmaram que a assinatura do laudo é falsa.
O médico que teve o nome usado no documento morreu em 2022 e a filha pediu a ilegibilidade do coach, que é investigado por injúria eleitoral, difamação e falsidade para fins eleitorais. Para o presidente do PRTB, partido de Marçal, o laudo pode ter custado a ida dele ao segundo turno.
"Essa questão do laudo, acho que pegou aquele eleitorado indeciso e mudou um pouco em si. Eu acho que quem o orientou a fazer isso cometeu um grande erro", diz o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche.