Uma mulher que prefere não ser identificada procurou a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pra relatar que foi vítima de estupro, em novembro do ano passado, na mesma boate onde uma turista estrangeira denunciou que foi vítima do mesmo crime, mas de forma coletiva.
A nova denunciante expõe que, na época, registrou o caso na delegacia, mas diz que também foi desencorajada por seguranças a denunciar.
A turista de 25 anos já deixou o Brasil. A polícia fez uma perícia na boate e recolheu as imagens das câmeras de segurança. Os investigadores já têm pistas sobre o suspeito que levou a jovem para o chamado dark room, uma sala escura usada, principalmente, para práticas sexuais.
Os casos acendem o alerta sobre a segurança oferecida pelas casas noturnas. Em dezembro do ano passado, o governo federal sancionou uma lei que cria o protocolo "Não é Não" em locais com venda de bebida alcoólica. Com isso, é dever do estabelecimento proteger toda mulher que denunciar casos de violência.
A lei passa a valer só a partir de julho, até os estabelecimentos se adaptarem às normas. No Rio, já existe uma legislação estadual que obriga bares e casas noturnas a prestarem apoio a mulheres em situação de violência.