Oposição aumenta tom em cobranças de impeachment contra Alexandre de Moraes

Mais de 50 pedidos de afastamento estão nas mãos de Rodrigo Pacheco, mas Planalto avalia que petições não serão acatadas

Por Caiã Messina

Ministro Alexandre de Moraes
Nelson Jr./SCO/STF

O Planalto avalia que os pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, são impossíveis de ser acatados. Atualmente 50 requerimentos que pedem o afastamento dele e de outros ministros estão nas mãos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que não tem prazo para decidir se acata ou não as petições. 

Agora, a oposição sobe o tom e pressiona os pedidos, após as reportagens da Folha de S. Paulo que afirmam que o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral foi acionado fora do rito pelo gabinete de Moraes no STF, durante as eleições de 2022. 

Segundo a publicação, o ministro pedia informalmente aos assessores relatórios específicos contra aliados de Jair Bolsonaro. Moraes negou irregularidades e disse que seria 'esquizofrênico' se auto-oficiar em busca de informações para inquéritos que relata. 

Flávio Bolsonaro, atual senador pelo PL e filho do ex-presidente aumentou o tom da cobrança pelo impeachment de Moraes. "Ele escolhe os alvos e manda produzir dossiês e inventar crimes contra eles por pessoas que ele já escolheu para fazer investigação. Não tem nada de meio legal aqui, de caminho mais eficiente. Tem direcionamento", disse. 

Já a base do governo segue com a defesa do trabalho do ministro. "Não adianta. Não é com factoides que vão conseguir escapar das contas que têm que prestar à Justiça. Não vão sair impunes dos crimes que cometeram, especialmente os perpetrados contra a ordem democrática e o Estado de direito", afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa. 

Para levar em frente o impeachment de Moraes, seriam necessários os votos de 54 dos 81 senadores da República. 

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