O policial civil Juan Felipe Alves foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação sobre o desaparecimento de uma máquina de fabricar cigarros que pesa 5 toneladas. O equipamento foi furtado de dentro da Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro.
Desde o ano passado, Juan está preso, acusado de vender, para o Comando Vermelho, 16 t de maconha apreendida. O ex-chefe do setor de investigação da Delegacia de Roubo e Furto de Cargas do Rio de Janeiro era responsável pela guarda de bens apreendidos que ficavam no galpão da Polícia Civil. Entre os itens, a máquina de cigarros que sumiu.
Além dele, outras duas pessoas foram alvos da ação que tenta desvendar esse mistério. Um empresário que atua no setor de transportes e um policial militar também são suspeitos de participação no crime.
No centro da investigação, uma transferência de R$ 300 mil que Juan recebeu do PM na época do furto. A máquina sumiu em fevereiro de 2023, mas o caso só veio à tona este ano, depois de ela ser leiloada e o desaparecimento ser descoberto numa vistoria.
Uma das suspeitas é que ela tenha sido levada para Cuiabá com um caminhão que pertenceria ao empresário e sob a escolta de uma viatura.
Outra linha de investigação tem a ver com uma máquina do mesmo modelo encontrada em um galpão na Zona Norte do Rio. O dono apresentou notas fiscais e disse que comprou legalmente. Uma perícia foi feita e deve apontar se é a mesma máquina que sumiu da Cidade da Polícia.