ONU afirma que quase 400 civis morreram na Guerra na Ucrânia

Corredor humanitário que deveria funcionar neste sábado não aconteceu, segundo autoridades ucranianas

Por Eduardo Barão

O sábado deveria ser o primeiro dia em que os corredores humanitários começariam a funcionar na Ucrânia. No acordo que havia sido fechado por negociadores russos e ucranianos, a previsão era que por esses caminhos passariam feridos e civis, que poderiam deixar o país. Mas a medida acabou fracassando. O encarregado da Ucrânia no Brasil afirmou que os ataques prosseguiram.

Segundo a Ucrânia, as tropas de Moscou aproveitaram a trégua para avançar em direção a cidades estratégicas. Já o Kremlin afirmou que combatentes neo-nazistas estariam barrando a saída de civis para usá-los como escudo. Neste sábado explosões também foram registradas em Chernihiv, Mariupol e Bila Tserkva. Em Zhytomyr, o prédio de uma escola foi bombardeado. 

Segundo a ONU, mais de um milhão e trezentas mil pessoas já deixaram a Ucrânia. E havia a expectativa que outras 200 mil saíssem durante essa primeira tentativa de criar corredores humanitários, o que acabou não acontecendo. 

Ainda segundo a Organização das Nações Unidas, 351 civis morreram e mais de setecentos ficaram feridos. 

A Polônia recebeu mais da metade desses refugiados, quase 800 mil. Mais 150 mil cruzaram a fronteira da Hungria. Outras rotas de fuga são Moldávia; Eslováquia; Romênia; Rússia e Belarus.

Moradores de cidades cercadas por tropas russas como Kherson e Melitopol foram às ruas para protestar. Em meio à manifestação, tiros foram ouvidos. 

Na Rússia, o presidente Vladimir Putin disse que as sanções contra seu país são uma declaração de guerra e que qualquer nação que queira impor uma zona de exclusão aérea na Ucrânia será tratada como se fizesse parte do conflito. 

Já o presidente ucraniano Vlodymyr Zelensky pediu que mais aviões de guerra internacionais sejam enviados para seu país.

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