Obra pode ter facilitado fuga de presos de penitenciária no Rio Grande do Norte

Dupla teria fugido da penitenciária por uma abertura do teto da cela durante o banho de sol dos detentos.

Júlia Galvão

Obra pode ter facilitado fuga de presos de penitenciária no Rio Grande do Norte
Presídio de segurança máxima de Mossoró
Divulgação/Senappen/Gov

Pela primeira vez aconteceram fugas em uma penitenciária federal de segurança máxima. Dois condenados escaparam em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Uma obra pode ter facilitado a ação dos presos.

Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho", de 34. 

Deibson aparece em 34 processos na Justiça do Acre. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo. Rogério responde processos pelos crimes de homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.

Ambos são do Acre e fugiram do presídio federal de Mossoró entre a madrugada e a manhã desta quarta-feira. Os dois deram entrada na unidade prisional em setembro de 2023 e deveriam cumprir pena até setembro de 2025.

A dupla foi transferida para Mossoró depois de participar de uma rebelião em um presídio no Acre, em junho do ano passado. As autoridades ainda não informaram como eles fugiram.

Os dois teriam fugido da penitenciária por uma abertura do teto da cela durante o banho de sol dos detentos. 

O que se sabe até agora é que o local passava por uma reforma, e algumas ferramentas estavam no canteiro de obras. O Ministério da Justiça desconfia que a obra pode ter ajudado na fuga dos presos.

Os detentos fazem parte do Comando Vermelho. O líder da facção criminosa Fernandinho Beira-Mar foi transferido para Mossoró no mês passado. Ele acumula penas que somam quase 320 anos de prisão.

O governo do Rio Grande do Norte pediu para a Paraíba e o Ceará reforçarem o policiamento nas divisas. Aeronaves sobrevoam a região.

O Ministério da Justiça acionou a polícia federal para ajudar a recapturar os presos e também na investigação sobre a fuga.

Mais notícias

Carregar mais