O que fazer após picada de aranha? Saiba recomendações e espécies mais perigosas

Acidentes são comuns no Brasil, mas certos tipos de animais peçonhentos trazem grande perigo para o ser humano

Luciano Dias

Acidentes com aranhas podem ser evitados
Reprodução/Band

Cada vez mais comuns no Brasil, as picadas de aranha não são tão perigosas. O problema é que algumas espécies trazem risco à saúde e à vida humana. Uma dessas espécies é a armadeira, que tem veneno que pode ser letal, principalmente para crianças. 

O veneno da aranha-armadeira atinge principalmente o sistema nervoso, como explica Rômulo Toledo, chefe do Serviço de Animais Peçonhentos da Funed. "Falamos que o veneno é neonatóxico, porque ele tem enzimas, proteínas ali, que atuam no sistema nervoso, causando o desequilíbrio do sistema. Pode inchar, pode dar uma vermelhidão, a pessoa pode suar muito, salivar. Você ficar agitada, a pessoa pode apresentar dor abdominal", explica. 

Em Minas Gerais, mais de mil pessoas foram picadas pela aranha em 2023. Só no ano passado, mais de 6 mil acidentes com a aranha-armadeira ocorreram no Brasil. A orientação, em caso de picada, é procurar imediatamente uma unidade de saúde. 

O Instituto Butantan, em São Paulo, produz um soro antiaracnídico, que freia a ação do veneno. "O soro, quando você aplica, imediatamente, ele já começa a agir neutralizando a ação do veneno que foi injetado na pessoa. Porque o soro nada mais é a gente fabricar o anticorpo fora do organismo", explica Rômulo Toledo. 

Além da aranha-armadeira, o Ministério da Saúde alerta para outras duas aranhas que podem causar reações graves: a Viúva-negra e a aranha-marrom. O coordenador de toxicologia do Hospital João XXII, Aderbal Filho, explica como o atendimento rápido pode ser efetivo em caso de acidente. 

"Se ocorrer o acidente, capture o animal em segurança, se for possível, o fotografe e procure o atendimento médico mais rápido possível. Essa procura rápida é importante e não esperar todas as manifestações acontecerem", pontua. 

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.