Com as chuvas e alagamentos dos últimos dias, em muitas cidades, é preciso atenção para uma doença perigosa, a leptospirose. Os sintomas são semelhantes aos de uma gripe forte: febre, dores musculares, de cabeça, tosse, vômito e olhos avermelhados.
Em 2023, o país registrou 2.711 casos da doença. Desse total, 236 pessoas morreram. A infecção, transmitida pelo contato da pele com a água contaminada, é causada por uma bactéria presente na urina de ratos e outros animais. Por isso, os casos aumentam em regiões afetadas por chuvas e enchentes.
Mesmo depois que a água baixa, é preciso estar atento, pois ainda existe o risco de contaminação por leptospirose. Alguns cuidados ajudam a evitar a infecção.
“Se você for limpar a sua casa inundada, por exemplo, se não tiver luva, colocar sacos de supermercado, saco de lixo na mão, o que evita que a mão tenha contato direto com a água e ajudam a prevenir o contato do ser humano com a bactéria”, explicou a infectologista Miriam Dal Bem.
O tratamento é feito, principalmente, com antibióticos, mas um dos desafios é o diagnóstico da doença. O teste mais comum, recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), só detecta a doença quando a infecção está avançada.
Agora, o Instituto Butantan desenvolveu um teste capaz de identificar a leptospirose ainda em estágio inicial. O próximo desafio dos cientistas brasileiros é a produção de um teste de farmácia. A coleta da amostra seria por urina ou sangue.