Novo tratamento desenvolvido pelo HC e USP salva pacientes com febre amarela

A febre amarela é uma doença que tem uma taxa de mortalidade alta: 35%

Por Joana Treptow

A notícia estampada na capa da revista ilustrada em 1876 assustava! Era sobre a epidemia no Rio de Janeiro que deixava milhares de mortos. A febre amarela já era uma realidade no Brasil há 150 anos. E só foi controlada quando, em 1903, descobriu-se que o transmissor era o mosquito. 

Mas, de lá para cá, mesmo com a criação da vacina, a doença ainda é um grave problema de saúde pública. A febre amarela é uma doença que tem uma taxa de mortalidade alta: 35%. O desafio no tratamento é a rápida evolução para a forma grave. Neste caso a mortalidade é de praticamente 100%. É pouco tempo para os médicos agirem. 

Agora um estudo inovador feito pelo Hospital das Clinicas e a Faculdade de Medicina da USP descobriu que tratando o sangue, por meio de transfusões de plasma, a mortalidade diminui em 84%.

Renata Queiroz foi uma das primeiras pessoas a receberem o tratamento. Ela começou a sentir os sintomas durante um passeio a uma cachoeira.

“Todas as técnicas que eles usaram comigo que foram absurdamente eficazes. Assim eu saí da internação do HC sem tomar nenhum comprimido, nada, eu não tive prescrição de dipirona nem nada”, disse a farmacêutica.

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