O Brasil restringiu a entrada de imigrantes no país. A mudança começou a valer nesta segunda-feira (26), após relatório da Polícia Federal. Agora, quem desembarca no país tendo como destino final outro terá que seguir viagem ou retornar, caso não tenha visto de entrada em casos que é exigido.
Segundo a Polícia Federal, a rota de imigração ilegal usa voos do sul da Ásia com conexão no Brasil. Aqui, o passageiro desembarca e entra com pedido de refúgio, vai até o Norte e cruza pela América Central em direção aos Estados Unidos e Canadá.
Só no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foram quase 10 mil pedidos de refúgio entre janeiro de 2023 e agosto de 2024. Destes, segundo o relatório da PF, apenas 117 continuam ativos, a maioria deixou o país.
Nove em cada 10 pedidos feitos aqui no aeroporto de Guarulhos têm a mesma característica: passageiros em trânsito para outros países que deixam de seguir viagem e permanecem no Brasil. Antes eles eram encaminhados para os trâmites do pedido de refúgio. Agora, segundo a polícia, o procedimento, nestes casos, sequer será iniciado.
A Defensoria Pública da União tenta reverter a decisão e cobra ação para proteger imigrantes. João Freitas Chaves, defensor público da União, explica o porquê da tentativa. "A regra internacional sobre refúgio é que pessoa tenha oportunidade de ser entrevistada por um agente qualificado e não simplesmente devolvida para país de origem", pontua.
Cerca de 500 imigrantes que já tinham desembarcado no Aeroporto de Guarulhos aguardam autorização para entrar no Brasil.
Brasil restringe acesso de imigrantes
Reprodução/Band