O projeto da nova regra de gastos do governo deve ser votado nesta terça ou quarta-feira em Brasília. Nesta segunda-feira (22), o ministro da Fazenda se encontrou com o presidente da Câmara e saiu otimista. O governo acelerou a liberação de verbas para emendas parlamentares, o que deve facilitar a aprovação.
O ministro da Fazenda foi à residência oficial de Arthur Lira, onde os dois fizeram um mapeamento, bancada por bancada, dos votos para a proposta e a expectativa é de aprovação com folga.
“Fui agradecer ao presidente Arthur Lira, e também sentir dele como é que está o clima para a semana, se a gente tem como ajudar, mas senti ele muito animado, muito confiante, então foi mais um gesto”, disse.
Haddad também se reuniu com o relator do projeto, o deputado Cláudio Cajado.
Mais do que vencer na votação desta semana, o governo quer convencer. Na última quarta-feira, a Câmara aprovou a urgência para o projeto por 367 votos. Eram necessários 257. A intenção é mostrar que Congresso e Governo estão juntos em temas importantes para a economia.
PSOL, PDT e Cidadania querem suavizar a proposta e tirar do marco gastos com o Fundo Nacional de Educação e com o piso da enfermagem, além de dar mais garantias para reajustes anuais do Bolsa Família.
Já o União Brasil e o PL tentam endurecer: aumentar o aperto de cintos e as punições ao governo em caso de descumprimento das metas.
O presidente Lula autorizou o PT a negociar alterações, mas determinou que no instante em que o projeto for para o plenário, o partido trabalhe de forma unânime pela aprovação.
De olho no centrão, maioria no congresso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, está acelerando a liberação de emendas parlamentares. A promessa é repassar cerca de R$ 2 bilhões.