No G20, Lula critica gastos com guerras e defende que recursos sejam focados no combate à fome

Presidente brasileiro propôs uma aliança global contra a fome e a pobreza entre os líderes presentes

Da redação

No discurso de abertura da reunião de cúpula do G20, nesta segunda-feira (18), o presidente Lula criticou os gastos em guerras e propôs uma aliança global contra a fome.

“Estive na primeira reunião de líderes do G20 convocada em Washington no contexto da crise financeira de 2008.16 anos depois, constato com tristeza que o mundo está pior. Temos o maior número de conflitos armados desde segunda guerra mundial e a maior quantidade de deslocamentos forçados já registrada”, disse o presidente. 

O presidente destacou que, em 2024, o mundo conviveu com mais de 700 milhões de pessoas subnutridas e afirmou “é como se as populações do Brasil, México, Alemanha, Reino Unido, África do Sul e Canadá somadas estivessem passando fome”.

Lula criticou o volume de dinheiro gasto em guerras e defendeu que mais recursos sejam destinados ao combate à fome. 

“Em um mundo cujos gastos militares chega a US$2,4 trilhões de dólares isso é inaceitável, a fome a pobreza não são resultado da escassez ou de fenômenos naturais. A fome, como dizia o cientista geógrafo brasileiro José de Castro, a fome é a expressão biológica dos males sociais é produto de decisões políticas que perpetuam a exclusão de grande parte da humanidade”, disse. 

Em seguida, o presidente brasileiro propôs uma aliança global contra a fome e a pobreza entre os líderes presentes no G20. 

“Colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma aliança global contra fome e a pobreza. Este será o nosso maior legado. Não se trata apenas de fazer justiça, essa é uma condição imprescindível para construir a sociedade mais prósperas e o mundo de paz”, completou. 

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