Na Avenida Guaíba, em Porto Alegre, a Band registrou o que a força do vento faz com a água acumulada. Cria ondas, como estivéssemos na beira do mar. Para piorar, o nível do Lago Guaíba voltou a subir devido às chuvas no final de semana. Imóveis voltaram a ser alagados.
Para piorar, além da chuva e dos ventos, há um alerta para uma frente fria no Rio Grande do Sul a partir desta segunda-feira (13). As temperaturas podem chegar a 0ºC na próxima quarta-feira (15), alerta o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Em alguns locais da capital não dá mais para saber o que é avenida, calçada, área de lazer. Tudo está coberto por água. Nos próximos dias, o nível do Guaíba pode bater um novo recorde, chegando a 5,5 metros. A marca é maior que a registrada no dia 5 de maio. Em 1941, a cheia histórica atingiu 4,76 m.
“É assustador. Está subindo mais um metro. A gente está saindo. Por enquanto, não afetou dentro de casa, mas está bem perto”, comentou o vendedor Eduardo Dalberti.
O nível da enchente voltou a subir porque, nas últimas 48 horas, choveu forte nos rios que desaguam no Guaíba.
Outro fator que contribuiu para manter Porto Alegre alagada é o chamado “vento sul”, que vem do oceano, empurra a agua em direção à cidade e dificulta o escoamento. Se ele vier forte e intenso, é capaz de subir o nível em meio metro em poucas horas.
A água que sobe também aumenta o sentimento de impotência. Para o comerciante Gilberto Zeni, o pesadelo se repete. O comércio dele fica no bairro Menino Deus, uma região em que a água começava a baixar.
Sem luz em casa há uma semana, reger precisa da ajuda de amigos para carregar a bateria do celular. Está inconformado com a realidade do cenário que ele mais gosta de curtir durante as folgas.