Neymar está pronto para disputar a sua terceira Copa do Mundo. O camisa 10 da Seleção Brasileira, agora com 30 anos, lidera o ataque ao lado de jovens talentos do futebol brasileiro, como Rodrygo e Vinicius Júnior. O Jornal da Band entrevistou Neymar com exclusividade às vésperas da convocação final do técnico Tite, marcada para esta segunda-feira (7). Neymar garante que a equipe está muito bem preparada, diz que a Copa do Qatar será muito especial para ele e vê na Seleção um perfil vencedor. “A gente tem tudo para fazer uma grande história”.
Jornal da Band - O que é a Copa do Mundo para o homem Neymar, um cara que conquistou muito título, chegou no topo, tendo tido essas outras participações?
Neymar - Copa do Mundo sempre foi meu sonho, desde quando eu vi Romário e Ronaldo ganharem. Sempre coloquei isso como objetivo para mim. Meu sonho sempre foi ser jogador de futebol. Quando chega esses momentos você fica mais nervosinho e ansioso para que chegue logo e você esteja já no ambiente. Joguei duas Copas do Mundo e os momentos que tive foram inesquecíveis para mim. Eu fui aprendendo cada vez mais e sei que essa será muito especial também.
Jornal da Band - Você já jogou nos maiores times com grandes estrelas, e em cada conquista com certeza você viu características dessas equipes que levou vocês a conseguir aquele grande feito. O que você enxerga na Seleção Brasileira como característica promissora para trazer o hexa?
Neymar - Clima leve, acho que isso facilita para todo tipo de trabalho. Todo mundo que está ali sabe que está para ajudar, todo mundo torce um pelo outro independente das disputas de posição que existe. São os top jogadores de cada posição. Grupo muito unido, muito leve, ambiente espetacular na seleção. É o que eu mais vejo próximo de vencer, de equipe vencedora. Então, a gente tem tudo para fazer uma grande história.
Jornal da Band - Taticamente é um time muito preparado?
Neymar - Sim, taticamente o nosso time é muito preparado, o Tite trabalhou muito bem esse quesito, a gente sabe tudo o que fazer de cor para um ajudar o outro quando um estiver fora de posição. Isso facilita bastante.
Jornal da Band - Dá para dizer que é meio caminho quando o time joga junto e há esse respeito e admiração?
Neymar - É muito gostoso estar ali, é muito bom sentir que pode ser abraçado independente de quem você seja.
Jornal da Band - Você se vê como ídolo dos seus companheiros e dos outros jogadores da posição?
Neymar - Tento deixá-los e eles me deixam à vontade, que até acabo esquecendo que já fui referência para eles. Além de ser meus amigos, são craques e ídolos que tenho maior carinho e maior cuidado para que possam se tornar cada vez mais ídolos também.
Jornal da Band - Em 1994, o Romário sabia do momento que estava vivendo e sabia da responsabilidade que tinha e o time passou a ver isso nele e a jogar por ele. Você assumiu isso dentro de você? Consegue enxergar esse seu momento parecido com que viveu o Romário?
Neymar - Futebol é jogo coletivo, e tem jogadores que podem também resolver um jogo. Para uma Copa do Mundo, de tiro curto, é importante. Romário fez uma grande Copa, em um momento excepcional, mas também tiveram outros jogadores que decidiram jogos. Ter jogador com talento ajuda qualquer seleção.