Neymar Jr., convocadíssimo e confirmado com a camisa 10 do Brasil na Copa do Mundo do Catar, disse em entrevista ao Jornal da Band que pode não ser o cara mais perfeito do mundo, “mas sei que tenho bom coração”. E que vê Espanha, Alemanha, Argentina e França como seleções que vão rivalizar com o Brasil na disputa pelo título mundial. A lista dos 26 convocados foi divulgada nesta segunda-feira (7) pelo técnico Tite.
“Espanha, Alemanha, Argentina e França são equipes que vêm bem preparadas. E outras com grandes elencos como Portugal e Inglaterra. É Copa do Mundo, a gente não sabe como as coisas vão acontecer. Às vezes não encaixa, a seleção está bem preparada mas acaba saindo na primeira fase. É um jogo de detalhes, a equipe que errar menos poderá ser campeã”, disse Neymar.
O atacante de 30 anos, que vai disputar a sua terceira Copa do Mundo, afirmou que ainda sente frio na barriga às vésperas da disputa. “O frio na barriga é bom porque você quer fazer a coisa acontecer. Quando o frio na barriga acaba é porque não está mais ligando para aquilo.”, afirmou.
Destacou ainda que não é supersticioso, mas sempre leva a Bíblia, a foto do filho Davi Lucca e uma faixa com a frase “100% Jesus”.
Apontado como uma referência para os jogadores mais jovens, Neymar se posicionou contra o racismo sofrido por Vinicius Júnior, do Real Madrid, ao ser chamado de macaco por um jornalista espanhol durante um programa esportivo.
“O que aconteceu com Vinicius Junior foi muito ruim e muito triste. Sei da referência que sou na Seleção Brasileira e para os meus amigos. Fiquei muito chateado, me posicionei sim, tento ajudar fazendo um mundo melhor da minha forma. Não sou o cara mais perfeito do mundo, mas sei do bom coração que tenho e das vontades que tenho de ajudar as pessoas. Só procuro fazer a minha parte bem”.
Neymar disse ainda que não vê problemas com as críticas em relação ao seu futebol, mas se incomoda quando a coisa vai para o campo pessoal. “Podem falar mal de mim dentro de campo, não gostar do meu futebol. Mas a minha vida pessoal é minha vida pessoal. Quando começam a me atacar e atacar a minha família é o que me entristece. Por isso preciso desses escapes, estar com meus amigos e minha família para que eu possa conseguir seguir no dia a dia", afirmou.
“Vida de atleta não é fácil você abre mão de muita coisa por um sonho que você tem . Não me arrependo de nada disso. Sei que muita gente gosta de mim, sinto um orgulho muito grande. Não posso ir a pontos turísticos mas arrumo um jeito. Já fui de madrugada ver a torre [Eiffel]. Fui de madrugada, mas fui."
E ele garante que não vai carregar o time nas costas. “São 26 convocados, não vou ser o único super-herói que vai trazer esse título para o Brasil, sei que estarei bem acompanhado por companheiros que irão dar a vida dentro de campo para que a gente possa conquistar esse fácil.”