Netanyahu sofre boicote e protestos durante discurso no Congresso dos EUA

Premiê de Israel fez primeira visita oficial no país desde que tropas do país começaram a operação na Faixa de Gaza

Por Eduardo Barão

Bandeiras pró-palestina e cartazes condenando o conflito na Faixa de Gaza viraram a decoração de Washington durante a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aos Estados Unidos. 

Larvas, insetos e vermes foram jogados por manifestantes no hotel Watergate, onde Benjamin Netanyahu se hospedou. Essa é a primeira visita oficial do premier israelense aos Estados Unidos desde que as tropas do país começaram a operação em Gaza.

Dentro do Capitólio, cadeiras vazias. Muitos democratas boicotaram o discurso de Netanyahu. Kamala Harris, a provável candidata democrata à Casa Branca, não presidiu o discurso — uma tradição do cargo de vice-presidente. Ela alegou conflito de agenda. 

Num país com os holofotes para as eleições de novembro, Netanyahu agradeceu os pacotes bilionários de apoio americano. Pressionado por um cessar-fogo, disse que a luta contra o Hamas não é uma guerra entre civilizações, mas contra a barbárie. E que as acusações de genocídio servem apenas para demonizar os judeus.

Após o discurso no Congresso, Netanyahu segue com uma agenda cheia nesta semana nos Estados Unidos. Terá encontro com os candidatos Donald Trump e Kamala Harris e também com Joe Biden. Pretende vender a imagem de que, independente quem vença em novembro, quer manter os americanos como aliados.

Nesta quarta-feira (24) o presidente americano fará seu primeiro discurso após desistir da campanha. Vai explicar à população o porquê de não concorrer à reeleição e também garantir que tem condições de permanecer no cargo até um novo presidente assumir.

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