Os 38 milhões de pessoas com carteira assinada no Brasil trouxeram ânimo para o governo em um momento de polemica com o Banco Central sobre inflação, juros e corte de gastos. O Governo comemora o índice, mas a avaliação no planalto é que a situação estaria melhor se os juros estivessem mais baixos, já que quanto menor a Selic, mais a economia pode crescer.
Nesta sexta-feira (28), Lula voltou a criticar o presidente do Banco Central. Em entrevista a uma rádio de Minas Gerais, Lula afirmou que Campos Neto não está "fazendo o que precisa ser feito". O presidente ressaltou que com inflação baixa não há motivo para segurar os juros em 10,50% ao ano.
Lula afirmou que a disparada do dólar nas últimas semanas é uma tentativa de especuladores de ganhar dinheiro com a desvalorização do real.
Em um fórum em Portugal, Campos Neto cobrou corte de gastos públicos. A principal estratégia do governo tem sido fazer o ajuste fiscal com aumento de arrecadação, e não diminuição das despesas.
O possível sucessor de Campos Neto é o atual diretor de política monetária do BC, indicado por Lula. Gabriel Galípolo ressaltou hoje que independência do Banco Central não significa ignorar a sociedade.