'Namoro a ideia de voar': paraquedistas explicam paixão por atividade radical

Experiência se torna paixão de quem sempre almejou voos altos; esporte envolve superação, riscos e adrenalina

Por Joana Treptow

'Namoro a ideia de voar': paraquedistas explicam paixão por atividade radical
Um dos sonhos do homem é voar
Reprodução/CANVA

Voar é um dos sonhos mais antigos do homem, tanto, que há algumas experiências que podem colocar o ser humano bem perto dessa sensação. É o caso do paraquedismo, que envolve superação, riscos e muita adrenalina envolvida.

Boituva, no interior de São Paulo, é um dos melhores lugares do Brasil para quem decide se aventurar e se lançar de um avião a 4 mil metros de altitude. No caso da Família Assis, todos voam desde que Paulo arrastou um sobrinho para a atividade.

“Já saltei mais de 17 mil vezes, são 34 anos saltando”, conta Paulo Assis, que garante que a atividade é divertida. “A gente faz um esporte radical, logo vai atrás de outros, mas nunca dá tanta adrenalina, tanta emoção quanto o paraquedismo”, diz.

O filho, Felipe Assis, se diz feliz em saltar de paraquedas com a família. “Saltar já é legal, em família, mais legal ainda, é o mesmo que falar em jantar”, brinca.

“Me apaixonei mais ainda pelo voo”

Em Atibaia, também no interior de São Paulo, milhares procuram a Pedra Grande para sentir a sensação de voar. Roberto Luís Pereira é um que procurou a modalidade após ser diagnosticado com uma doença degenerativa. “Todas as grandes articulações do meu corpo são inflamadas. O tempo foi passando e fui perdendo agilidade, movimento e tendo depressão”, conta.

“Com o passar do tempo, voltei a tentar imaginar se seria possível eu voar, porque desde a infância eu namoro essa ideia de voar. Aí eu vim aqui, e me apaixonei mais ainda pelo voo”, relembra Roberto.

Acidentes não tiram a vontade de voar

A adrenalina extrema também traz o perigo. Lois Neubauer, vice-presidente da Confederação Brasileira de Voo Livre, teve um grave acidente ao voar de parapente. Mas a vontade de seguir voando seguiu.

“O fato de eu ter tido o acidente só fez com que eu refletisse mais sobre o valor da vida e porque precisaria desenvolver para continuar fazendo as coisas que eu gosto”, conta.

Ele relembra detalhes do acidente e a única vontade de voltar para os voos. “Lembro que ainda deitado na hora do acidente eu falava para os meus amigos como vou voar agora. Para mim foi muito rápido, eu não queria parar de voar”, afirma.

Adrenalina vicia? Confira no primeiro episódio da série do Jornal da Band:

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