O dia da eleição americana é na próxima terça-feira (5), mas a votação já está aberta há duas semanas. Nos sete estados-pêndulo, aqueles que decidem o vencedor, mais da metade dos votos, até agora, vem das mulheres (55%).
A democrata Kamala Harris conta, justamente, com o apoio das mulheres, representantes de 53% do eleitorado nos Estados Unidos. As pesquisam apontam que a vice-presidente tem uma boa dianteira entre elas, com uma vantagem que chega a 14 pontos.
Já entre os homens, a preferência é por Donald Trump. O republicano aparece até 7 pontos à frente entre o eleitorado masculino. Nesta reta final, ele sabe que precisa conquistar o voto das mulheres, mas nem sempre acerta nas palavras.
Fala machista de Trump
Contra todos os conselhos de assessores, Trump repete uma frase que pegou mal entre as eleitoras. Diz que será o protetor das mulheres, “quer elas gostem ou não”. A reação de Kamala foi rápida.
“Ele não respeita a inteligência nem a liberdade das mulheres, para tomar decisões sobre suas próprias vidas (Kamala após fala de Trump considerada machista)
A democrata faz referência ao direito ao aborto, essencial para a maioria das americanas. Elas desconfiam que Trump, neste tema, seja um retrocesso. Kamala bate nessa tecla na TV e na internet.
Estratégias de Trump e Kamala
Já a campanha do republicano fugiu de entrevistas sobre pautas femininas para evitar gafes e apostou em outra estratégia. Nas redes, Trump aparece sempre rodeado de homens. Entre as personalidades, humoristas, atletas e o bilionário Elon Musk. Kamala, ao contrário, está sempre cercada de mulheres, como mães e artistas, a exemplo da Beyoncé e Jeniffer Lopez.
Contra Trump, ainda pesam as condenações por abuso sexual e prostituição. Claro, numa disputa tão acirrada, a questão de gênero não é o único ponto que definirá o resultado, mas preocupa, tanto que levou um importante assessor republicano a acender o alerta nas redes: “Se os homens não saírem de casa para votar, Kamala vence. Simples assim”.