Jornal da Band

Mulheres ganham espaço no comando de aviões, trens e balsas

No Dia Internacional da Mulher, Olívia Freitas e Carolina Villela mostram a presença feminina em ambientes antes associados aos homens

Carolina Villela e Olívia Freitas

As mulheres estão ganhando cada vez mais espaço em ambientes de trabalho antes destinados aos homens. Neste Dia Internacional da Mulher, Olívia Freitas e Carolina Villela mostraram a presença feminina no comando de aviões, trens e balsas. 

É o caso das tenentes Vitória, Karoline e a sargento Clara, que trabalham como aviadoras e mecânica de avião. A primeira turma de mulheres da Força Aérea Brasileira entrou há cerca de 40 anos. Atualmente, são mais de 14 mil e 85 delas atuam como aviadoras. 

“Aqui não tem esse papo de sexo frágil? Não, jamais. Aqui, a gente divide as tarefas cem por cento igual e trabalha igual aos homens. É muito gratificante gente poder tá nessa profissão e ainda mais como mulheres sendo esse papel de representatividade”, diz a tenente Vitória da Silva. 

Ana Clara, mecânica de avião, afirma que a função dela é essencial para a aeronave. “Monitoramos a aeronave nos momentos mais críticos que são o pouso e a decolagem”, afirma. Cada vez mais, as mulheres abrem caminhos para as outras. Para que tudo ocorra bem nos ares, tem gente trabalhando embaixo. No controle de tráfego aéreo em Brasília, mais da metade da equipe é formada por mulheres. 

Entre elas, a Gabriela Maicá, que acompanhou o voo de Carolina Villela em tempo real. “Eu vejo com muito orgulho essa nossa representatividade dentro da força aérea, dentro do nosso serviço de controlador que é extremamente complexo e difícil de executar, né”, diz. 

Em São Paulo, há outras mulheres à frente de outra operação complexa. É o caso dos trens da CPTM, que transportam milhões de pessoas todos os dias. A operação exige atenção, concentração e treinamento, como a maquinista Jéssica, uma das mulheres que pilotam trens em São Paulo. 

Jéssica ainda é parte de uma minoria, mas ela acredita que este cenário irá mudar. “Eu quero ver um país, um mundo onde as mulheres ocupem o lugar que é nosso de direito e em todas as profissões que eram taxadas como masculinas”, afirma. 

As primeiras condutoras começaram a trabalhar nos anos 1990. Atualmente, representam apenas 25% dos trabalhadores na função. Para aumentar a participação feminina, a empresa ViaMobilidade fez uma campanha e a primeira turma formada só por mulheres acabou de se formar. 

Nas balsas do Rio de Janeiro, também tem mulher no comando. A comandante Fabrícia já foi da Marinha Mercante e trabalha nas barcas da Baía de Guanabara desde 2015. Ela conta que conseguiu superar as dificuldades da profissão e incentiva outras mulheres a seguirem o mesmo caminho. 

“Na recepção sempre existe um pouco de preconceito, mas eu encarei com tranquilidade. Sei que todas nós podemos e digo que elas não venham desistir do sonho dela, todas somos capazes”, afirma. 

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