Para muitos brasileiros, a resposta da pergunta ‘débito ou crédito' é a mesma de Vanessa Munis. Ela compra tudo no crédito para acumular pontos. “Há mais de 20 anos eu passei a utilizar a pontuação dos cartões de créditos para a obtenção de vantagens. E uma das maiores vantagens era a questão das milhas”, afirma.
Mas atualmente, os programas com trocas de pontos por hospedagens, eletrodomésticos ou passagens aéreas estão mudando as regras de pontuação e isso gera reclamações dos consumidores. “Hoje, aquela pontuação que eu tinha, que deveria ser equilibrada com aquilo que eu adquiri tem um peso menor”, reclama Vanessa.
Para o Procon, as mudanças precisam ser comunicadas com antecedência, é o que diz Rodrigo Trita, diretor de atendimento do Procon. “Seja num site, num app, num telefone, nos canais que a empresa dispor, mas precisa funcionar e ele precisa ter acesso a sua realidade de pontos", pontua.
Menos pontos acumulados e milhas mais caras. Hoje a Débora Gomes fez uma cotação da viagem de Brasília para Recife: quase 70 mil milhas. Em 2015, a mesma viagem saía por 20 mil. “Antes a gente tinha a possibilidade de ir para o Nordeste por 10, 15 mil milhas, agora não dá”, lamenta.
A dica é ficar atento às promoções de companhias aéreas. “Em promoções você consegue emitir passagens aéreas a trechos curtos por 3 mil milhas, 4 mil milhas, 5 mil milhas. Mas lógico, você precisa de um planejamento pra isso, mas ainda assim é possível encontrar passagens aéreas muito baratas”, explica Rodrigo Góes, educador financeiro.