O pagamento do vale-refeição (VR) pode mudar. O governo federal avalia uma proposta para que o benefício seja pago sem passar pelas empresas operadoras. Num restaurante visitado pelo Jornal da Band, o chefe de cozinha destaca que 60% dos clientes usam o VR.
O problema é que nem todo lugar aceita o vale-refeição, até porque, no Brasil, apenas quatro empresas operam 90% do mercado do VR e vale-alimentação. São cerca de 22 milhões de trabalhadores com o benefício, o que movimenta R$ 150 bilhões por ano.
Só que uma proposta da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) pode mudar a forma como o trabalhador recebe o vale-refeição. O projeto, avaliado pelo governo federal, quer eliminar as empresas intermediárias.
A Abras argumenta que as empresas empregadoras, sem pagarem mais taxas, poderiam reverter os valores em outros benefícios para os trabalhadores. Segundo a associação, o custo total chega 7,5 bilhões.
A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios não quis se manifestar sobre o projeto.
A proposta também sugere que o pagamento do vale seja feito pela Caixa Econômica. O trabalhador não teria cartão. Pagaria pelo Pix ou por um aplicativo no celular.
“A solução nunca é terminar ou acabar com as empresas. O que você tem que fazer é introduzir mais competição dentro desse mercado”, analisou o economista André Perfeito.