Múcio é cobrado após dizer que 'questões ideológicas' barraram compra de blindados de Israel

Ministro da Defesa afirmou que licitação por ATMOS 155 não ocorreu pela polarização política no Brasil

Por Caiã Messina

Múcio é cobrado após dizer que 'questões ideológicas' barraram compra de blindados de Israel
José Cruz/Agência Brasil

A oposição no Congresso quer explicações do ministro da Defesa, José Múcio, sobre a declaração que fez sobre o Brasil deixar de comprar 36 unidades do blindado ATMOS 155, de Israel. O chefe da pasta citou que 'questões ideológicas' barraram a compra. 

Em abril, a licitação para modernização da frota brasileira foi aberta. Seriam 36 blindados nos próximos 10 anos, a R$ 1 bilhão. Mas o governo barrou a compra. Ao comentar a desistência, Múcio causou questionamentos nos congresistas. 

"A questão diplomática interfere na defesa, houve agora uma concorrência, uma licitação, venceram os judeus, povo de Israel, mas com o perfil da guerra do Hamas, os grupos políticos, nós estamos com essa licitação pronta, mas por questões ideológicas nós não podemos aprovar, o TCU não permitiu dar o segundo colocado, e nós estamos aguardando que essas questões passem para que a gente possa se defender", afirmou Múcio. 

Após a fala, o presidente Lula e Múcio já conversaram. Ele afirmou que não criticou o governo e sim, a polarização política. O Tribunal de Contas da União afirmou ainda estar estudando o caso. 

No Congresso, a oposição quer explicações. A ideia é chamar Múcio e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, à Comissão de Defesa Nacional. Senadores afirmam que apenas questões técnicas deveriam nortear as compras estratégicas do governo. 

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