A invasão de balsas para fazer garimpo ilegal de ouro na Amazônia mobilizou Marinha, Polícia Federal e Ibama. O vice-presidente Hamilton Mourão suspeita que o narcotráfico tenha envolvimento com esse caso.
“Temos tido vários informes de que o narcotráfico, essas quadrilhas que agem no Centro-Sul do país, na ordem de proteger suas rotas, subiram pra lá”, apontou Mourão.
É uma verdadeira comunidade flutuante que se formou há mais de duas semanas. São centenas de balsas e dragas no meio do rio, entre as cidades de Autazes e Nova Olinda do Norte - a pouco mais de cem quilômetros de Manaus.
Para fazer a mineração, as embarcações sugam a água do fundo do rio para filtrar o ouro e depois devolvem a água novamente, poluindo o meio ambiente pelo uso de produtos químicos, como o mercúrio.
O Ministério Público Federal pediu uma ação emergencial dos governos do estado e federal em um prazo de 30 dias. Mourão minimizou a quantidade de balsas, mas prometeu intervir para retirar os garimpeiros ilegais.
“Isso ocorre todos os anos, normalmente eles ficam em Humaitá. Esse ano deve ter aparecido ouro mais para cima, ali em Autazes, e eles se concentraram lá. Não naquele número que foi divulgado inicialmente, 600 balsas, é bem menos.