Motoristas investem em sistemas de segurança caseiros para evitar roubos

Redes de proteção, capas de metal para o celular e até correntes e cadeados para aparelhos são ideias utilizadas por condutores

Por Filipe Peixoto

Motoristas investem em soluções caseiras
Reprodução/Jornal da Band

O medo de ter o celular roubado por bandidos só aumenta na região de São Paulo. Cenas de celulares roubados no meio do trânsito se multiplicam, graças às gangues da pedrada. Para se proteger dos ataques, muitos investem em segurança nos carros, com películas e outros itens. Mas além deles, tem motorista que prefere soluções caseiras para evitar roubos. 

É o caso do Vagner Tadeu, que fica sempre alerta. “Fico atento, olho para os dois, até os três retrovisores”, comenta. Gil Menezes, motorista de aplicativo, presta atenção na região em que está. “Dependendo, eu tiro daqui e coloco embaixo, para ficar menos visível”, afirma. 

Mas tem quem até improvisa com rede de proteção em janelas do carro. Outro criou uma capa de metal para o celular, com direito a corrente e cadeado. André Prado, também motorista de aplicativo, usou a criatividade para impedir os roubos. 

Ele fez uma barra de aço para impedir bandidos. “Fui atrás de um projetista, projetista pôs no papel a minha ideia. Da minha ideia, a gente foi pra uma empresa metalúrgica e aí saiu”, conta. A ideia rendeu: ele já comercializou cerca de 100 barras, cada uma por R$ 130. 

“Gosto de apelidar de ‘repelente de bandido’, porque ele não vai vir no meu carro”, diz André. Quem pode desembolar mais, investe em películas anti-vandalismo. “Esse vidro vai quebrar e ficar no lugar, a pessoa consegue sair com o carro e o bandido não vai ter tempo de remover algo de dentro do veículo”, afirma Marina Vilela, engenheira de aplicação. 

O custo varia de R$ 700 a R$ 3 mil, quanto mais caro, maior a proteção. Tanto, que houve um aumento na procura de películas do tipo, segundo Ricardo Tanikawa, diretor de uma distribuidora de películas do tipo. “Se comparar o primeiro semestre de 2022 com o primeiro semestre de 2023, a gente vê um incremento de 38% na procura por esse tipo de produto”, indica. 

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