O aumento do diesel e da gasolina começou a valer hoje para as distribuidoras. De forma quase instantânea, o reajuste chegou aos postos, o que assustou os consumidores. Desde cedo, placas com os novos valores estampavam os estabelecimentos visitados pelo Jornal da Band.
“Está seis e um pouquinho. Quando abasteci, estava R$ 5,89, algo assim”, lamentou o garçom Alexandre Dias.
Em diversos postos de Curitiba, o litro da gasolina, antes vendido na casa dos R$ 5, voltou a passar R$ 6.
O aumento anunciado pela Petrobrás começou a valer nesta quarta-feira (16) nas refinarias. Os motoristas reclamam que, quando há corte no preço, o efeito demora a chegar às bombas, mas, quando o reajuste é para cima, a mudança é instantânea.
A gente fica bem indignado com a situação. Tem posto que nem recebeu combustível novo e já o repassa às bombas direto. R$ 0,4, no final do mês, pesa no bolso (Edson Xavier, motorista de aplicativo)
O aumento de 16% na gasolina e 25% no diesel da Petrobras deve impactar a inflação. Foi o primeiro reajuste desde que a empresa passou a considerar fatores internos, como produção e logística, na definição dos preços.
Em audiência no Senado, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu a nova política, que acabou com a paridade com os preços internacionais.
O modelo que nós estamos utilizando hoje para a política de preços envolve 40.000 variáveis. É possível fazer isso? É, por programação linear. São 40.000 equações diferentes, segmentos diferentes (Jean Paul Prates)
O reajuste já era esperado por causa da defasagem dos preços em comparação com o mercado internacional.
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), no início da semana, a diferença de preços da gasolina, nos polos da estatal, chegava a 27%. Já o diesel tinha defasagem de 28%.