Moscou sofreu nesta terça-feira (30) o primeiro bombardeio desde o início da guerra na Ucrânia, há mais de um ano. Oito drones atacaram prédios residenciais em Moscou, em uma das áreas mais ricas da capital. Houve danos estruturais e duas pessoas ficaram feridas.
A Rússia acusa a Ucrânia de estar por trás dessas ações. O governo de Kiev nega. Drones utilizados em operações como essa são muito sofisticados. Batizados de kamikaze, funcionam em longas distâncias e são carregados com granadas e bombas.
O presidente Vladmir Putin falou em ato terrorista, disse que os alvos eram civis e que essa teria sido uma retaliação pela destruição da sede da inteligência militar ucraniana.
O governo russo voltou a criticar o envio de armas por parte do ocidente ao exército ucraniano. Os russos já falaram diversas vezes que essa é uma guerra híbrida. O governo de Kiev, porém, nega que utiliza armas fornecidas por europeus e americanos para atacar território russo.
O governo britânico logo se pronunciou e disse que nenhum material fornecido pelo Reino Unido foi utilizado nessa ação. Os Estados Unidos reiteram que não apoiam ataques a território russo e que estão focados apenas em fazer com que a Ucrânia reconquiste áreas perdidas de seu próprio país.
Moscou já vinha aumentando a pressão com sucessivos bombardeios à capital ucraniana. Foram três ataques num período de 24 horas - um deles em plena luz do dia, o que forçou milhares de pessoas - entre elas crianças - a buscarem refúgio em bunkers ou estações de metrô.