Pelo menos 40 milhões de pessoas vivem com o HIV e, entre os pacientes, 1,3 milhão são novos infectados. O número preocupa, porque apesar do acesso ao tratamento reduzir pela metade as mortes relacionadas com a doença, os casos de infecção aumentaram quase 170% entre jovens do sexo masculino, segundo dados do Ministério da Saúde.
O assunto, que sempre foi delicado, hoje é tema de debate aberto nas redes sociais. Lucas Raniel, que convive com o HIV há 11 anos, palestra sobre o assunto e é influenciador da causa nas redes. "Se eu pudesse voltar no tempo, falaria ao Lucas de 2013 que tudo daria certo, da mesma forma que hoje falo para todos que perguntam sobre o HIV", diz.
No início, veio o medo, mas depois, o tratamento. E atualmente, Lucas leva uma vida normal. "Falta muita informação, hoje a doença é outra", indica. E há esperanças de uma cura da doença. Na semana passada, cientistas na Alemanha anunciaram o sétimo caso de cura de um paciente infectado.
A cura só foi possível devido a um transplante de medula óssea de um doador resistente ao vírus. Em São Paulo, pesquisadores também tentam encontrar uma forma de eliminar o vírus do organismo.
Outro avanço é o Lenacapavir, um medicamento que funcionaria como uma espécie de vacina. A injeção aplicada a cada seis meses pode prevenir a infecção e acabar com o vírus em pessoas infectadas. O problema é o preço do tratamento: US$ 42 mil, quase R$ 235 mil por ano.
O programa das Nações Unidas sobre HIV defende que uma versão genérica poderia ser vendida por cerca de US$ 40, ou R$ 235 e mesmo assim ainda renderia 30% de lucro às farmacêuticas.
AIDS é causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana
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