Morte de Oscar Niemeyer completa 10 anos

Obras e influência do arquiteto permanecem vivas nos edifícios e obras icônicas

Por Mariana Procópio

A morte do arquiteto Oscar Niemeyer completou 10 anos nesta segunda-feira (5). Considerado um dos grandes nomes da arquitetura no Brasil, as obras do carioca, que faleceu aos 102 anos, permanecem vivas em edifícios e obras icônicas pelo país. Nesta semana, o Jornal da Band exibirá matérias especiais sobre o trabalho do arquiteto. 

Niemeyer, que se formou em 1934, logo trabalhou na sede da Obra do Berço, instituição de caridade na zona sul do Rio de Janeiro. Na fachada, proteções verticais contra o sol se repetiram no primeiro grande projeto. Ele, que era caçula na equipe de arquitetos modernistas contratados pelo governo federal em 1937, construiu a sede do Ministério da Educação no Rio. 

Segundo José Pessoa, vice-presidente da Fundação Niemeyer, o arquiteto sintetiza o modernismo pela primeira vez. “Ele emprega todas as opções feitas na arquitetura moderna brasileira, como o emprego dos pilotis, dos princípios de proteção de janela de madeira, do vão livre”, pontua. 

Niemeyer também levou as ideias modernistas para a própria casa, projetada em 1951. Construída em São Conrado, zona sul do Rio, a Casa das Canoas carrega conceitos que tornaram marcas registradas do arquiteto, como a integração das curvas com o ambiente, com espaço que cerca a construção. 

João Niemeyer, sobrinho e arquiteto, fala da importância do projeto. “Talvez seja uma das casas mais publicadas em revistas, mais vistas. Essa implantação no terreno, a casa transparente, isso não existia na época. A casa que incorporou a rocha, tem quem pergunte como colocaram a rocha aqui", brinca. 

Atualmente, a Casa das Canoas está fechada, desde a morte de Niemeyer. A Fundação Niemeyer, que administra o imóvel, planeja transformar o lugar em um museu.

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