O parlamento britânico aprovou a morte assistida no Reino Unido. Cerca de 10 anos após rejeitar a proposta, o Reino Unido entendeu que era a hora de voltar a debater esse assunto delicado - falar sobre morte.
Dessa vez, o Parlamento britânico aprovou a lei que permite a morte assistida por 330 a 275. Agora, começa um processo parlamentar de produção e análise do texto com a participação da Câmara dos Lordes, equivalente ao Senado brasileiro, e alguns comitês. A primeira morte assistida na Inglaterra deve acontecer só daqui a dois anos.
A permissão só irá valer para quem tiver doença terminal e um período máximo de vida de até 6 meses. Dois médicos precisam assinar o laudo que depois passará pela avaliação de um juiz.
Entre os argumentos de quem votou a favor, está a possibilidade do paciente escolher uma morte digna e encerrar a dor que muitas vezes acompanha doenças terminais. Quem era contra, além de questões religiosas, alegou o risco do aumento de pressão para a morte assistida por parte de familiares ou amigos que poderiam ter algum benefício como herança, por exemplo.
Até por isso, haverá uma pena que pode chegar a 14 anos de prisão para quem coagir algum familiar ou amigo a optar pela morte assistida.
O Reino Unido entrou agora para um pequeno grupo de países como Suíça, Bélgica, Luxemburgo, Canadá e alguns estados americanos que permitem a morte assistida.