Morte assistida no Reino Unido será permitida para pacientes com doenças terminais

Haverá uma pena que pode chegar a 14 anos de prisão para quem coagir algum familiar ou amigo

Por Felipe Kieling

Morte assistida no Reino Unido será permitida para pacientes com doenças terminais
Manifestação em frente ao Parlamento do Reino Unido pela morte assistida
REUTERS/Mina Kim

O parlamento britânico aprovou a morte assistida no Reino Unido. Cerca de 10 anos após rejeitar a proposta, o Reino Unido entendeu que era a hora de voltar a debater esse assunto delicado - falar sobre morte.

Dessa vez, o Parlamento britânico aprovou a lei que permite a morte assistida por 330 a 275. Agora, começa um processo parlamentar de produção e análise do texto com a participação da Câmara dos Lordes, equivalente ao Senado brasileiro, e alguns comitês. A primeira morte assistida na Inglaterra deve acontecer só daqui a dois anos.

A permissão só irá valer para quem tiver doença terminal e um período máximo de vida de até 6 meses. Dois médicos precisam assinar o laudo que depois passará pela avaliação de um juiz.

Entre os argumentos de quem votou a favor, está a possibilidade do paciente escolher uma morte digna e encerrar a dor que muitas vezes acompanha doenças terminais. Quem era contra, além de questões religiosas, alegou o risco do aumento de pressão para a morte assistida por parte de familiares ou amigos que poderiam ter algum benefício como herança, por exemplo.

Até por isso, haverá uma pena que pode chegar a 14 anos de prisão para quem coagir algum familiar ou amigo a optar pela morte assistida. 

O Reino Unido entrou agora para um pequeno grupo de países como Suíça, Bélgica, Luxemburgo, Canadá e alguns estados americanos que permitem a morte assistida.

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