Acusado de abuso do poder econômico, o senador Sergio Moro tem o mandato ameaçado. Isso porque o PT, partido do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, recorreram da decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) de aprovar as contas do ex-juiz da Lava Jato.
Moro foi o juiz responsável pela primeira condenação à prisão de Lula, em 2018. Em 2019, ele deixou a magistratura para assumir o cargo de ministro da Justiça de Bolsonaro, então presidente da República.
A acusação sobre Moro destaca que Moro gastou quase R$ 1 milhão a mais que o teto estabelecido pela lei eleitoral. Segundo a defesa do senador, a diferença foi para pagar advogados, o que não entraria no limite. O político vê a ação como um desrespeito a quase 2 milhões de eleitores paranaenses.
O clima passou a ser mais negativo para Moro com a substituição, neste mês, de três juízes do TRE-PR, uma troca considerada de rotina no tribunal. No caso de uma condenação, o senador ainda pode recorrer ao TSE.
Se todos os recursos forem negados, ele perde o cargo e é realizada uma nova eleição para a vaga no Senado pelo Paraná.
Além do próprio senador, acompanham o caso, com atenção, o deputado Ricardo Barros, o ex-senador Álvaro Dias e a presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann. Esses nomes são cotados para disputar a vaga, caso moro seja cassado.