Moradores tentam retomar rotina após queda de avião da Voepass em condomínio

Temor de nova tragédia e tristeza pelas famílias enlutadas movimenta região do Residencial Recanto Florido

Por Márcio Campos

Moradores tentam retomar rotina após queda de avião da Voepass em condomínio
Residencial Recanto Florido tenta retomar rotina
Reprodução/Band

Flores, orações e movimentação de peritos compõem o cenário do que antes era só a portaria do tranquilo Residencial Recanto Florido, em Vinhedo, no interior de São Paulo. As famílias tentam retomar a rotina após a tragédia envolvendo o avião ATR-72 da Voepass, que ocorreu na última sexta-feira (8). 

"As crianças estão bem assustadas, nós também, qualquer avião que passa assusta, qualquer barulho de sirene assusta", conta a professora Elaine Cristina Martins. O aposentado Ricardo Rodrigues, que há 15 anos mora na cidade, teve o sossego quebrado pela tragédia.

"Fui olhar para o telhado e vi o avião caindo em cima da minha casa e aí em determinado momento ele inclinou e desceu a menos de 400 metros da minha casa", relembra. Retomar os hábitos e o dia a dia para Ricardo, Elaine e outros moradores do entorno do condomínio tem sido difícil. 

É o caso de Alfredo Lopes Júnior, consultor de pós-venda. Ele, que mora na rota aérea, agora sente receio quando um avião passa. "Agora vejo avião passando, que é rota, eu acompanho até ele ir embora. Você vai criando um trauma que fica difícil de passar", diz. 

Nos comércios do entorno, a sensação de medo é igual. Graziele Astolfo, que é esteticista e tem uma clínica com a mãe a 100 metros do local da queda, só voltaram a trabalhar nesta quarta-feira (14). "A gente estava muito abalada, foi muito próximo, ficamos pensando o que aconteceria se caísse aqui, ficamos pensando muito nisso", pontua. 

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