Moradora mostra apartamento em prédio torto na orla de Santos-SP

Em Santos, alguns dos mais de 300 prédios tortos chegaram a afundar quase 2 metros

Da redação

Quem anda pela orla de Santos, no litoral de São Paulo, já notou que a cidade tem vários prédios tortos. Um estudo revelou que são 319 edifícios nessa situação. Alguns deles afundaram quase dois metros. Ao Jornal da Band, moradores mostraram os problemas do dia a dia dentro do apartamento.

“Você vai até o quarto. Quando você volta, você sente fazer um pouquinho de força para chegar à sala, porque é bem inclinado (Marlene Paladino, moradora de apartamento em prédio torto)

Os edifícios inclinados foram construídos nas décadas de 1950 e 1960. Nesse período, os engenheiros ainda não sabiam que o solo da cidade tinha areia e argila em áreas profundas, os responsáveis pelos afundamentos. 

“Na época, a investigação geotécnica ficou só nos 12 primeiros metros e não percebeu que, embaixo dele, tinha uma camada de solo pouco resistente”, explicou o engenheiro Joni Matos Incheglu, conselheiro do Crea-SP.

Quem entra no prédio pela primeira vez percebe a diferença. Ao andar pelos corredores, há a sensação de subida ou descida de uma rampa leve. O problema tem conserto, mas custa caro.

“É uma obra que vai custar em torno de R$ 5 milhões. Então, a gente vai fazer um financiamento e pagar alguns anos para tentar colocar o prédio no lugar”, informou a síndica de um dos condomínios, Maria Ines Chedid.

Alguns prédios da cidade já fizeram o "reaprumo". Basicamente, trata-se da ação de levantar o prédio inteiro pelas colunas de sustentação e transferir a carga para estacas mais profundas.

A Prefeitura faz inspeções anuais e diz que não há risco de queda.

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