O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles entregou o celular à Polícia Federal 19 dias após operação que investiga a exportação ilegal de madeira.
Ao informar a entrega para o Supremo Tribunal Federal nesta segunda (7), a defesa do ministro reiterou que o aparelho não foi pedido no dia 19 de maio, quando ocorreu a busca e apreensão, que teve como alvos Salles, o presidente do Ibama Eduardo Bim, e servidores públicos. Os investigadores apuram se houve facilitação para exportar madeira ilegalmente aos estados unidos e Europa.
Salles responde a um inquérito sob a suspeita de interferir em favor de madeireiros em operação na Amazônia.
A ministra do STF Cármen Lúcia determinou nesta segunda que o presidente afastado do Ibama seja incluído na investigação, mas rejeitou um pedido para afastar o ministro do Meio Ambiente do cargo. Salles nega todas as acusações e disse que quer prestar depoimento.
A Operação Akuanduba apura crimes contra a administração pública praticados também por empresários do ramo madeireiro e foi deflagrada no último dia 19 de maio. O STF autorizou mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ministro e ao Ibama. Ele classificou a ação como “exagerada”.