Ministro da Saúde e mais 13 passam a ser investigados pela CPI da Pandemia

Intenção é dificultar questionamentos legais para quebras de sigilos e obrigar convocados a comparecer nas sessões

Da Redação, com Jornal da Band

A CPI da Pandemia anunciou, nesta sexta-feira (18) uma lista de 14 pessoas, que passaram de testemunhas a investigadas pela comissão. O ministro da Saúde Marcelo Queiroga está entre os investigados. Também estão na lista membros do Ministério da Saúde, médicos suspeitos de fazerem parte de um gabinete paralelo da Saúde, além de ex-ministros e ex-integrantes do governo federal acusados de integrar o chamado “gabinete paralelo”.

Segundo o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), o presidente Bolsonaro também pode ser incluído.

“Aparecendo fatos óbvios, como tem aparecido, a CPI vai ter que responsabilizar. Diante de provas, não há como não responsabilizar”, garantiu.

A intenção principal da CPI é dificultar questionamentos legais para quebras de sigilos e obrigar os convocados a comparecer.

Os aliados do Planalto reclamaram que não foram ouvidos e que a decisão foi autoritária, dos senadores oposicionistas, que formam maioria. Mesmo assim, Renan Calheiros promete aumentar a lista dos investigados no máximo a cada 15 dias. A tendência é de que ao final dos trabalhos, a CPI peça o indiciamento de todos.

O depoimento desta sexta foi com dois médicos defensores de remédios considerados ineficazes pela ciência contra a covid. Antes das perguntas a Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves, opositores ao governo resolveram sair da sessão, comandados por Renan.

Para ouvir governadores na próxima semana, a comissão pretende transformar as convocações em convites para evitar embates com o STF.

Veja a lista completa dos investigados:

  • - Marcelo Queiroga, ministro da Saúde
  • - Franciele Francinato, coordenadora do PNI
  • - Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Ministério da Saúde
  • - Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde
  • - Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores
  • - Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde
  • - Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República
  • - Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência da República
  • - Marcellus Campelo, ex-secretário de Saúde do Amazonas
  • - Carlos Wizard, empresário e suposto participante de um gabinete paralelo da Saúde
  • - Hélio Angotti, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde
  • - Nise Yamaguchi, médica defensora da cloroquina
  • - Paolo Zanotto, virologista defensor da cloroquina
  • - Luciano Dias Azevedo, médico da Marinha apontado como autor da nova bula para a cloroquina
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  • O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na noite desta sexta-feira (18) a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard para prestar depoimento à CPI da Covid.
     

Barroso rejeitou a um pedido da defesa de Wizard, que alegava a condição de investigado dele pela CPI impedia o cumprimento da medida.

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