Militares entram em discussão sobre corte de gastos do governo

No ano passado, os militares contribuíram com cerca de R$ 9 bilhões para a própria providência, mas o sistema custou quase R$ 60 bi

Caiã Messina

Os militares entraram na discussão sobre o corte de gastos do governo federal. O presidente Lula se reuniu com 8 ministros e o prometido ajuste pode sair nesta quarta-feira (13).

Agora, mais um ministério entrou na lista dos cortes de gastos. O presidente Lula decidiu incluir a Defesa na discussão. A ideia é rever o pagamento de benefícios e aposentadorias. 

O relatório do Tribunal de Contas aponta que, no ano passado, os militares contribuíram com cerca de R$ 9 bilhões para a própria providência, mas o sistema custou quase R$ 60 bi. 

Está em análise a redução dos oito soldos extras pagos quando um militar passa para a reserva, o fim da pensão para famílias de quem foi expulso das corporações, além do aumento da alíquota de contribuição, hoje em 10,5%. 

Os militares afirmam que, em 2019, já houve elevação do tempo de serviço, de 30 para 35 anos. O clima na caserna é de insatisfação. 

O ministro José Múcio se reuniu com o presidente na terça à noite e vai ter uma reunião nesta quarta. Um dos argumentos da Defesa é que no ministério, “cortes não afetam obras, e sim, pessoas”.

Hoje, Lula enquadrou chefes de pastas da área social que resistem ao ajuste e chegaram a ameaçar pedir demissão. Ele afirmou que “precisa da ajuda de todos”. 

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