Uma prática comum em áreas controladas pelo crime organizado se espalha para outros bairros do Rio de Janeiro. Milicianos cortam cabos de telefonia e internet para obrigar moradores a contratar serviços clandestinos.
Antes com acesso restrito nas favelas, agora as operadoras de telefonia evitam outras regiões do Rio de Janeiro, pela falta de segurança pública e ameaças aos técnicos. Ao ligar para pedir atendimento, uma voz da operadora já avisa da situação:
"Prezado cliente, a sua região enfrenta problemas de segurança pública. E, por medida preventiva, as equipes técnicas estão impossibilitadas de entrar na região e prestar qualquer atendimento no local, em razão de ameaças físicas aos técnicos".
Cabos embolados, cortados e moradores com medo. Quando acontece uma situação dessas sempre vem uma propagandazinha de alguém oferecendo internet, isso acontece. Bandidos danificam cabos das operadores e, no lugar, instalam estruturas conectadas a centrais clandestinas.
No ano passado, mais de 7 milhões de consumidores foram prejudicados no Brasil. A polícia investiga se essa é mais uma estratégia para lavar dinheiro.