Milícia e exploração infantil: saiba o que sustenta crime na cracolândia em SP

Investigação identificou os principais delitos que alimentam facções na região central de São Paulo

Por Rodrigo Hidalgo

Cracolândia é alimentada pelos crimes
Reprodução/Band

Pela primeira vez uma investigação da Polícia Civil conseguiu imagens que identificaram os diferentes tipos de crimes que alimentam facções e o crime organizado no centro de São Paulo. 

A investigação flagrou cenas de receptação de itens furtados, como bicicletas e fios de cobre, além de vendas de armas em estacionamentos de fachada, hotéis usados para lavagem de dinheiro e comércio de ferros-velhos e reciclagens que exploram usuários de crack. 

O avanço das drogas a céu aberto na região colabora para a ação de grupos organizados, que ganham muito dinheiro. O sistema, que incluí o trabalho infantil e prostituição, envolve integrantes do PCC e até agentes públicos corruptos. 

Além disso, a milícia também atua na região, cometendo pelo menos 13 tipos de crimes na Cracolândia. Guardas civis são acusados de extorquirem dinheiro de comerciantes e moradores em troca de proteção. 

Um dos alvos, Elisson de Assis, está foragido. Ele teria montado uma empresa no nome da mulher, para oferecer segurança na região. Uma análise de movimentações financeiras apontou depósitos de mais de R$ 600 mil. 

Os criminosos até vigiavam a polícia, captando ilegalmente as comunicações do sistema interno da PM. 

Nesta terça-feira (6), a Polícia Civil e o GAECO fizeram uma operação liderada pelo Ministério Público, que prendeu guardas civis corruptos e responsáveis pelo tráfico de drogas do PCC em comunidades que abastecem a Cracolândia. 

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