Uma disputa por riquezas minerais estaria por trás do conflito que eclodiu em um dos países mais populosos da África, a República Democrática do Congo. Enquanto centenas de milhares de civis fogem da violência, rebeldes do Grupo M23 consolidam o controle sobre Goma.
Sem a presença do exército local, soldados da missão de paz da Organização das Nações Unidas tentam frear os rebeldes. Ao menos 13 capacetes azuis morreram nos combates.
A República Democrática do Congo é a quarta nação mais populosa da África, localizada no centro do continente. O conflito se concentra até em Goma, a maior cidade do Leste Congolês e que fica a poucos quilômetros da fronteira com Ruanda.
Dezenas de embaixadas foram atacadas em Kinshasa, capital do Congo, incluindo as da França e do Brasil. Segundo o Itamaraty, ninguém ficou ferido. Preocupadas com a escalada do conflito na África, autoridades de vários países pediram ajuda ao Conselho de Segurança da ONU.
Os combates já acontecem há décadas, mas se intensificaram nos últimos anos com o fortalecimento do M23. A milícia conta com mais de 3 mil combatentes da etnia Tutsi, a mesma do líder de Ruanda, Paul Kagame, que está no “cargo” desde 2000.
O M23 afirma que a luta visa proteger minorias no Congo. Já o governo acusa Ruanda de usar a milícia para se apropriar de riquezas minerais.