Milhares protestam contra atentado a Cristina Kirchner, na Argentina

Milhares de argentinos lotaram a Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada. Eles gritaram palavras de ordem, principalmente o nome de Cristina

Edgar Maciel

Milhares de argentinos lotaram a Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada. Eles gritaram palavras de ordem, principalmente o nome de Cristina.

Desde a semana passada, apoiadores de Cristina fazem uma vigília em frente a casa dela. É uma manifestação contra o pedido de prisão feita pelo Ministério Público da Argentina.

Ela enfrenta acusações de corrupção por um suposto esquema de desvio de dinheiro público no período em que foi presidente da Argentina, entre 2008 e 2015.  O promotor do caso pediu uma sentença de 12 anos de prisão. A atual vice-presidente nega as irregularidades.

Entenda

A vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner foi vítima de uma tentativa de assassinato, na noite desta quinta-feira (1º), enquanto cumprimentava apoiadores no bairro Recoleta. De repente, em meio a multidão, surgia uma arma, a poucos centímetros do rosto da vice-presidente. O público que estava em volta é que imobilizou o homem que tentou tirar a vida da política argentina.

Ele foi identificado como Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos. Um brasileiro, filho de um chileno com uma argentina e que morava no país desde 1993.

Nesta sexta-feira, a polícia foi a casa de Fernando, no subúrbio de Buenos Aires, e encontrou 100 balas. Segundo as investigações, a arma usada ontem é pistola semiautomática Bersa, de fabricação argentina, tinha cinco balas e um carregador. A investigação vai apontar porque o armamento falhou.

Nas redes sociais, vídeos mostram Fernando sendo entrevistado por televisões argentinas com críticas aos planos sociais governo. Algumas fotos, ele aparece tatuagens com símbolos nazistas e comentários de ódio.

Depois da tentativa de assassinato, Kirchner continuou a assinar livros, a tirar fotos e a cumprimentar a população. Só em casa ela ficou sabendo do que havia acontecido.

Alberto Fernández, presidente do país, fez um comunicado em televisão aberta e classificou o ataque como "o mais grave desde 1983, quando o país voltou a ser uma democracia".

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