Milei reduz ministérios e promete medidas mais duras na Argentina

Feriado cambial desta segunda (11) promoveu a desvalorização do dólar no país; Para terça (12) mais medidas serão anunciadas na economia

Cassius Zeilmann

No primeiro dia de trabalho como presidente da Argentina, Javier Milei já começou a mexer na economia, setor em que fez as promessas de campanha mais ousadas.

Para cortar gastos, o presidente reduziu o número de ministérios do governo pela metade, passando de 18 para 9. Outra ação foi no câmbio, para tentar frear a cotação do dólar. Já nesta segunda-feira (11), foi determinado um feriado cambial. Dessa forma, quem queria comprar dólares na taxa oficial precisava de autorização do Banco Central. O resultado alcançado foi a desvalorização do dólar, que registrou queda durante todo o dia.

Essa é a primeira medida de um total de 14 para recuperar a economia do país. O anúncio das outras medidas foi adiando para terça (12) e será feito pelo novo ministro da economia, Manuel Adorni. O pacote deve pôr fim ao controle de preços, cortar subsídios mais gastos do governo, para estancar o rombo nas contas públicas do país.

No primeiro pronunciamento como presidente da Argentina, após a cerimônia de posse realizada no último domingo (10), Javier Milei prometeu uma nova era ao país, de reconstrução e desenvolvimento e disse que não vai medir esforços para evitar lima catástrofe na economia, que sofre com a inflação. Em novembro, a alta acumulada nos últimos 12 meses atingiu os 142,7%.

Em frente a um Congresso lotado de apoiadores, Milei adiantou que o remédio para recuperar a economia será amargo no começo, com um corte profundo nos gastos. “Não há outra saída a não ser reajustar. É um gole amargo para começar a reconstrução da Argentina”, disse.

Nesta segunda (11), o presidente também anulou um decreto do governo de Mauricio Macri que proibia o nepotismo na gestão pública. Medida feita para empossar Karina Milei, irmã do novo presidente, como secretária-geral da presidência.

Nas ruas, a população segue dividida e esperando mudanças no rumo da economia argentina.

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