A Argentina foi o último país do G20 a aderir a Aliança contra a Fome e a Pobreza. Os líderes das maiores economias do mundo se reuniram para discutir o combate à miséria e lançaram a Aliança global de contra à fome e a pobreza.
A iniciativa, negociada desde novembro pelo governo brasileiro, quer aumentar a distribuição de renda, melhorar a alimentação escolar e diminuir a mortalidade infanto-juvenil.
A expectativa é de que as metas saiam do papel já no próximo ano e sejam alcançadas até 2030. Mais de 80 países aderiram à Aliança. A Argentina foi um deles, apesar de ter resistido inicialmente, o que gerou mais um desgaste na relação com o Brasil. Aliás, o que ficou evidente no aperto de mãos protocolar e sem sorrisos entre Lula e o presidente argentino Javier Milei.
O texto final do G20 é mais um ponto de divergência entre Brasil e Argentina. Apesar da discordância do governo vizinho, a diplomacia brasileira garante que o compromisso com a igualdade de gênero estará em destaque no documento, assim como a taxação do super-ricos.
A declaração final do G20 ainda gera outras discussões. Os recentes ataques da Rússia à Ucrânia e a revelação de que o presidente americano Joe Biden autorizou o uso de mísseis de longo alcance pelos ucranianos geraram pressão nos debates sobre o assunto, principalmente dos países europeus, para endurecer o trecho sobre os impactos do conflito.
Outro assunto que ganhou destaque foi a reforma da governança global. Ainda mais depois da fala do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que criticou a falta de representatividade permanente de países latinos e africanos no Conselho de Segurança das Nações Unidas.