Mesmo tendo nascido conectada, a geração Z não confia na segurança on-line. Mais de 80% das pessoas entre 13 e 30 anos já deixaram de usar aplicativos por preocupação com a privacidade, é o que aponta o novo levantamento da Luzia, plataforma de assistência virtual do WhatsApp.
Além da privacidade, o medo de vazamento de dados e invasões hackers é o que faz a geração Z decidir por sair de aplicativos. Priscila Kapelly, apesar de querer, não sai das redes sociais por trabalhar com internet. Nesta semana, a influenciadora teve as contas hackeadas e criminosos tentaram tirar dinheiro dos seguidores.
"Fizeram um vídeo como se fosse seguidora, que teve retorno. E gente caiu. Fiz a ocorrência, mas a plataforma não deu nenhum suporte, não garantiu segurança", conta.
O mesmo levantamento revela que 60% dos entrevistados da geração Z na América Latina não autorizariam que os aplicativos usassem os próprios dados para treinar modelos de inteligência artificial. O recurso pode deixar golpes comuns ainda mais sofisticados, como diz o diretor de tecnologia e sociedade Fabro Steibel.
"Alguém especializado em roubar, tratar e vender os dados pode agir. Esse mercado tem crescido e, para atacar o mercado, é preciso ter uma polícia equipada com tecnologia para atacar os cabeças", indica.
Ao criar contas em sites ou aplicativos, você insere dados que ficam armazenados em bancos de dados. As empresas prometem preservar essas informações, mas não existe um sistema de segurança perfeito e criminosos digitais estão sempre em busca de vulnerabilidades. Em caso de invasões ou vazamentos, ainda há pouco a se fazer.
O importante é guardar provas, tirar prints e aí, caso entre na Justiça, o juiz pode decidir se a culpa é sua ou de quem ofereceu o serviço.